Como havia dito, estou meio sem
tempo para fazer as postagens para o blog, mas estou tentando ficar presente para que o blog não fique abandonado. O post de hoje é mais uma reflexão sobre
essa pergunta que é feita desde os primórdios da organização mais civilizada da
humanidade.
Só acho que é desnecessário fazer essa pergunta...
Só acho que é desnecessário fazer essa pergunta...
Talvez seja essa a
primeira pergunta que fazemos quando estamos no nosso processo de aceitação
como homossexuais. Se não for a primeira, com certeza ela virá em algum momento
da sua vida.
Talvez, sabermos a
resposta dessa pergunta, quando estamos com milhares de dúvidas em nossas
cabeças, venha a ser um alívio para nós,
pois a resposta torna-se um meio de facilitar a nossa aceitação.
- Tá CR, e qual a
resposta para a pergunta?
Não existe apenas
uma resposta para a pergunta. Durante o passar do tempo foram feitas pesquisas
e mais pesquisas para se achar a resposta, e cada pesquisa gerou uma resposta
diferente:
- Acreditava-se (e ainda acredita-se) que os homossexuais
são homossexuais por se afastarem da religião, se afastarem de Deus.
- Pesquisas indicam que existe um gene homossexual e um gene
heterossexual, por isso que há essa diferença de gostos.
E há a terceira
resposta, que é a que eu acredito:
- Somos formados ao longo do tempo por quem convivemos.
- Explique.
Quem desenvolveu essa hipótese foi Freud
(lê-se |Fróide|). É aquela famosa história do Pai ausente e Mãe superprotetora. Freud teve a ideia de usar, brilhantemente, a mesma teoria, que usou para explicar a homossexualidade, para
explicar também a heterossexualidade.
O que acontece é
que:
No caso do filho
homem: Dos seus 5 aos 8 anos ele começa uma “disputa” contra o seu pai pela
atenção da mãe. Se o filho ganhar essa disputa ele passará a ter mais afeto
com a sua mãe, passará a se identificar mais com ela. Se ele perder essa
disputa, ele passará a usar seu pai como um exemplo, e tentará aprender com
ele, afinal, a disputa foi ganha pelo pai e ele necessita de um exemplo para
sua vida.
Uma forma de Freud
comprovar sua hipótese foi usando os filhos heterossexuais e comparando-os aos
seus respectivos pais, mostrando que
eles se identificam muito com os mesmos, e usando os filhos homossexuais e
comparando-os às suas respectivas mães, mostrando que eles se identificavam com
as mesmas.
Dependendo da
relação entre eles isso iria mudar muito na sua forma de se comportar e nos
seus gostos também (Por isso que homossexuais possuem resquícios do feminino,
seja na forma de se comportar ou na forma de pensar, e o vice-versa com os
heterossexuais).
- O que te levou a
acreditar nisso CR?
Pelo simples fato
de Freud explicar que a heterossexualidade é uma coisa igualmente formada ao
longo do crescimento de uma criança, e não é porque é uma coisa natural, ou
seja, Freud igualou as razões de sermos homossexuais com as razões de se ser
heterossexual, e não fez como algumas outras pesquisas que diferenciaram o
homossexual de um heterossexual.
Além disso, Freud havia explicado que não há motivos para explicar a homossexualidade, e eu sou
bem fiel ao fato de acreditar que somos formados pelo meio e com quem
convivemos.
Mas não é isso que
quero falar para vocês! O que quero dizer é
que:
Não deve haver motivos para buscar a
resposta do porquê de sermos homossexuais. Infelizmente buscamos essa resposta pois a sociedade trata a homossexualidade como algo diferente e não como algo
normal como a heterossexualidade. É, no entanto, que nenhum de nós pesquisamos
a razão de se ser heterossexual. Ele é porque é e não há motivos para se
responder a isso.
Homossexualidade não é algo anormal. Homossexualidade é só mais uma forma de sentir atração por outro alguém. Devemos
entender que homossexuais existem e pronto, e não deve existir essa necessidade
de explicar a existência da homossexualidade. E ter essa atitude de questionar a existência dos homossexuais é o mesmo que
questionar a sua existência.
Sejamos felizes apenas aceitando que somos assim e que isso faz parte de nós.
Em fim, era esse o recado que eu queria dar para vocês! Até o próximo post!