terça-feira, 23 de abril de 2013

Ser gay nos faz menos homens!?


   Decidi fazer esse post mais com um objetivo de “conscientização” para os meus caros amigos sobre certas atitudes e, quem sabe, “conscientizar” alguns leitores também. Em fim:

   Não sei se eu contei aqui para vocês, mas eu sou feminista! Às vezes eu tenho certo receio de dizer isso, pois não tenho certeza, mas saibam que eu apoio muito a ideologia do feminismo. E quero deixar claro que o feminismo não envolve apenas as mulheres, mas sim também aos homens.

- Como assim CR?
   Como principal ideologia o feminismo tem a: “Igualdade entre gêneros”, mas eu percebo que o feminismo luta mais contra o machismo, por isso que os homens também estão envolvidos, afinal, a ideologia machista também atinge aos homens.
   E como detalhe a mais: Odeio atitudes machistas!

   Mas parando aqui de explicar o feminismo (deixo isso para outro post) e focando no que eu quero falar:
   De vez em quando eu me deparo com aquelas “brincadeiras de héteros” lá na sala. Brincadeiras do tipo:
- “Tu é gay mano!”
- “Ei gay!”
- “Cara gay!”
- “Que Deus lhe dê muitas mulheres na sua vida, pois nem todos tem essa sorte”.
Essas brincadeiras são voltadas de um amigo A para um amigo B. Quando as brincadeiras são redirecionadas para mim:
- “Olha aqui Carlos!”. Daí ele mostra uma foto de uma mulher só de biquíni ou de um homem só de sunga.
- “Se tu experimentar a outra fruta tu vai gostar.”
- “Tu se masturba com o dedo lá?”. Ou seja, uma forma "inocente" de se perguntar: “Ativo ou Passivo?”, ou melhor, “Faz papel de homem ou de mulher na relação?”
- Etc...

   Talvez sejam brincadeiras bem bestas, eu ignoro um pouco esses tipos de brincadeiras, mas chega um momento em que não dá mais!
   Chamar o outro de gay, para eles, é o mesmo que degredar a imagem masculina do homem, dizer que a homossexualidade é um azar para aqueles que a possuem, que homossexualidade é algo ruim, que somos gays porque queremos, e ainda tentar definir papéis entre uma relação de dois HOMENS.

   Poxa pessoal, sejam sinceros, o fato sermos gays nos tornam menos homens? Pois, sendo bem sincero, vocês possuem uma atitude muito machista para acreditar nisso, e não vejo nenhuma maturidade ter essa concepção.

   Então entendam que:
- Ser gay não nos faz menos homens, afinal, o que nos faz ser homens são as nossas atitudes, não quantas mulheres você já pegou, ou quantas lutas você já participou, etc.
- Assim como um hétero possui orgulho de ser hétero, aprendemos a ter orgulho de sermos homossexuais, ou seja, homossexualidade, para nós, não é azar e nem algo ruim, pelo contrário, é a melhor coisa do mundo e, particularmente, me considero muito sortudo, afinal, não sou eu que tem essa necessidade de se autoafirmar que é “homem” para todos os seus amigos.
- Assim como vocês NÃO escolheram ser héteros (se você escolheu está na hora de buscar seus reais prazeres), nós NÃO escolhemos sermos homossexuais.
- E, por fim, só repito uma frase que eu li: “Perguntar qual é o que faz o papel de homem numa relação de homossexuais é o mesmo que perguntar qual dos hashis é o garfo”. (Deixo para discutir sobre esse assunto em outro post)

   Então porque essa insistência em tratar a homossexualidade como se fosse algo que faz nós HOMENS sermos menos homens? Será que vocês nunca pararam para pensar se esse tipo de brincadeira realmente é algo que faz bem a TODOS?
   Realmente alguns podem me chamar de fresco e chato, mas eu sou do tipo de gay que aceita muitas brincadeiras, desde que elas não invadam o meu espaço ou façam sentir-me incomodado. Como havia dito, odeio atitudes machistas, e brincadeiras desse tipo são extremamente machistas.
   Acredito que todos devam respeitar o espaço e a liberdade de cada um. Se todos pensassem assim com certeza não haveria problema algum entre eu, você, ele(s) e ela(s).

   Ser gay não nos faz mais homens do que vocês, e não nos faz menos homens, são as nossas atitudes que elevam a nossa “moral” social, o nosso "estar", ou a nossa "imagem" social, e são as suas atitudes que dizem quem você é.  Acho que já está na hora de largar essas imaturidades do pensamento machista não é?

Abraços do CR!!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

E quando os outros começam a namorar

   Estou vivendo um momento bem interessante na vida de qualquer homo: Quando os seus amigos héteros começam a namorar. Então, decidi fazer uma pequena postagem sobre o assunto.

   É interessante essa fase da vida porque você percebe que seus amigos, e você também, estão crescendo, estão deixando de ser apenas adolescentes para se tornarem adultos, e você percebe isso não só pela aparência, mas também pelo namoro, que é quando surgem as necessidades instintivas do ser humano, além das necessidades sentimentais.
   Você começa a ver seus amigos, héteros, sentindo aquela vontade de estar ao lado de alguém, querendo mostrar suas namoradas para o seus Pais e amigos, ou, até mesmo, usando esse termo para provar para todos: Olha, eu sou hétero e tenho uma namorada!
   É mais ou menos nessa hora que você começa a perceber que tipo de hétero aquele seu amigo vai ser: O Pula-galho ou o que quer apenas curtir, e o que é mais sentimental ou acredita no romantismo, amor ou coisa do tipo. Além disso, você começa a perceber quem é realmente maduro para enfrentar um namoro.

   Mas e eu, representando alguma parte dos homossexuais na mesma fase que estou? Como eu fico em toda essa história?
   O “problema” de ser um gay assumido na fase da adolescência é porque, algumas vezes, você não encontra outro gay adolescente! E isso ocorre porque muitos ainda são enrustidos, encubados, ou ainda estão dentro do armário. Você acaba tendo uma adolescência sem ter aquele amor adolescente que a maioria tem, que, no caso, seria o meu “sonho” ter!.
   O que ocorre é que: Você se apaixona por um amigo hétero, e essa paixão nunca poderá se materializar.

    Isso é um fato! Qual gay nunca se apaixonou pelo seu amigo hétero na sua adolescência? Que levante a mão um herói que nunca teve que passar por isso, e todos esses fatos (seus amigos namorando e paixão platônica) acabam gerando um clima de carência, que é o que estou sentindo neste momento.


- Mas CR, não existem exceções?
   Claro que existem! O “problema” é que mesmo gays adolescentes tendo a sua paixão adolescente, na maioria das vezes, não assumem esta.
   Eu até entendo que não somos obrigados a expor a nossa relação pra todos, mas não assumir sua sexualidade e seus relacionamentos para os pais, ao meu ver, se torna algo diferente. Você está namorando, então eu acho que seus pais devem receber esse agrado de você.
   
   Obs: É no entanto que eu estou esperando encontrar alguma Alma Gêmea para poder assumir a minha sexualidade para os meus pais. Não vou discutir muito isso agora, seria um tema para outro post.

   Mas o que eu quero deixar claro é que: Não se sinta chateado, ou triste (Eu!) porque você ainda não está namorando na mesma época em que todos seus amigos começam a namorar. Cada um possui o seu tempo, e isso é uma coisa que ocorre naturalmente (talvez eu discuta mais sobre isso em um futuro post).

   Talvez eu faça parte daqueles adolescentes que só conseguem encontrar sua Alma Gêmea depois de um tempo/daqueles adolescentes que só começam a namorar quando estão adultos.
   Mas depois de um tempo analisando a situação já não me preocupo tanto em estar em desespero para achar um namorado/estando na louca vontade de dizer: “Eu sou gay e tenho um namorado!”, mas continuo na minha ínfima procura pelo meu “príncipe”!


Apenas queria uma paixão adolescente gay!




Abraços do CR!!



domingo, 14 de abril de 2013

Autoafirmação?

   Esse post é quase que uma reflexão do meu dia, mas acabo não tornando-o assim, pois acredito que o tema que será discutido aqui acabará por englobar a todos nós.


   Possuo alguns momentos bem interessantes e engraçados no meu dia a dia, e dou ontem como exemplo:
   - Estava eu tirando minha roupa para ir tomar um banho, e como a maioria dos banheiros tem um pequeno espelho acabei por dar uma pequena olhada, de relance, e, por fim, entrei nos meus momentos filosóficos da vida.
   Naquele momento, depois de um tempo filosofando, cheguei à conclusão meio "estranha": “Hoje eu não quero ser gay!”.


- Como assim CR?
   Estava percebendo que passava a maior parte de meu dia com a bandeira de minha homossexualidade levantada, mas não porque tenho trejeitos ou coisa do tipo, mas a todo o momento eu fazia questão de me lembrar: “Eu sou gay!”.
   Fosse uma brincadeira que me fizessem lembrar, uma simples conversa ou simplesmente ao acaso mesmo, mas a todo e qualquer ato que ocorresse no meu dia, sejam atos meus ou de meus amigos,acabava por “lembrar” ou “levantar” a minha bandeira.
   Por isso que quando olhei fixamente para o espelho disse a mim mesmo: “Hoje eu não serei gay!”.


   O que quero discutir é:

   - Por que levantamos a nossa bandeira a todo e qualquer instante?

E você, já cansou-se de levantar sua bandeira?

   Alguns dizem que talvez seja puro fato da jovialidade gay e com o passar do tempo essa necessidade passa, já outros afirmam que é pura vontade de se expressar ao mundo, e já outros afirmam que isto é uma opção, ou seja, você faz porque gosta de fazer.
   Meu conceito se torna diferente dos ditos acima: Acredito que façamos isso por pura questão de convencimento! Sim, Convencimento!
   Acredito que no fim das contas sentimos necessidade de nos autoafirmar, sentimos necessidade, talvez, de mostrar que somos “diferentes”, apesar de não sermos, ou que talvez isso seja pura “Coisa de Homem” mesmo, afinal, não somos os únicos que fazem isso:

- Qual o assunto mais discutido entre os héteros?  
   Futebol, carro e mulheres.
  
   Vejam que não somos os únicos que levantam a bandeira todo o dia, não somos os únicos que sentimos a necessidade de uma autoafirmação. Talvez essa “Coisa de Homem” seja, na verdade, o fato de dizer-nos:

“Olha, eu sou isso, isso, e isso! Não se esqueça!” 

    O problema é que essa necessidade de autoafirmação traz prejuízos, pois levamos conosco toda a “responsabilidade” e todos os “problemas” durante o nosso dia: Preocupamos-nos com o que podemos fazer e o que não podemos fazer, preocupamos-nos sobre o que os outros vão achar sobre nós, ficamos incomodados com qualquer palavra que seja dirigida a nós, mesmo que seja só por brincadeira, julgamos e apreciamos qualquer boy na rua, e se tiver algum(a) amigo(a) aí por perto, falamos do Boff, etc. Em fim, cada um tem seu jeito de ser gay no seu dia, mas, no fim, colocamos toda a responsabilidade e todo o problema de ser gay nas nossas costas, e isso cansa!


   - Se isso, depois de um tempo, torna-se “cansativo”, será mesmo que devemos estar com a nossa bandeira levantada a toda hora?

   Acredito que não! Pois além de sermos homossexuais, e isso faz parte de nossas vidas/uma intimidade nossa, somos, digamos, “nós” mesmos! Somos mais que homossexuais!
   E isso vale pra qualquer gosto: Seja bi, seja homo e seja hétero!

   Então não acredito que devamos ficar com a bandeira levantada a todo e qualquer instante, mas que dosemos isso de forma certa, afinal, se você sente tanta necessidade de autoafirmação é porque talvez você ainda não se conheça.

   Deixo claro que não estou querendo dizer: “Pare de ser gay!”, pois eu estaria dizendo “Pare de ser você!”. Como havia dito, nossa homossexualidade faz parte de nós.
   O que quero dizer é que: Não há necessidade de você se autoafirmar gay, seja para você e seja para os outros. Seja gay do seu jeito, afinal, ninguém é igual, mas “equilibre” os seus assuntos voltados a sua homossexualidade, até porque este não é o único assunto que existe, não é mesmo?

   Então você que passa o seu dia sendo AloK4, ou lembrando que é gay (Eu!), ou fazendo “coisa de gay”, ou que passa o seu dia falando de mulher, futebol e carro, dê uma dosagem! Afinal, cansa tanto para você, quanto para os outros.




Bom... Hoje eu não vou ser gay
E você?






E você, Caro leitor, o que acha?


Abraços do CR!!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Devaneios de um Jovem gay


   Estava eu, aqui, pensando em que título e em como iniciaria o blog com essa primeira postagem, e cheguei à conclusão de que não sei como o fazer.
   Decidi por deixar o título da postagem com o mesmo título do meu novo blog: “Devaneios de um jovem gay”, aparenta-me mais “profissionalidade”. E cá estou tentando iniciar a postagem com esses comentários simples.
   Então, decidindo agora mesmo, irei começar com o:


- Quem sou eu?
   Um jovem de 16 anos, que completará seus 17 em setembro, que está procurando uma forma de expressar suas ideias, valores, e seus acontecimentos do dia a dia em um blog (a forma mais “clichê” de se fazer isso). Apresento-me aqui para vocês como Carlos Rodrigues, um nome quase que fictício, sendo que a única diferença, em comparação ao meu nome verdadeiro, está no primeiro nome.

   “Esqueci-me” de dizer: Sou gay, ou por pura “frescurice”, sou homossexual ( um termo mais bonito de se dizer)!


- Objetivo do blog?
   Já deixei claro na resposta acima: Só estou tentando me expressar ao mundo, colocando minhas ideias e valores em um blog.
   Se eu conseguir (se é que conseguirei) alcançar algum público, tentarei tirar dúvidas de alguns incertos sobre suas escolhas, tentarei tirar dúvidas dos curiosos e tentarei ajudar aos leitores que necessitam de ajuda!
Repito: Tentarei!

   Talvez algumas vezes venha a existir postagens "críticas" sobre fatos que ocorrem socialmente. Além disso, acredito que vocês verão mais reflexões sobre meu dia a dia aqui no Blog. Por isso o título: Devaneios. E, sendo bem sincero, nem sei se o uso da palavra Devaneios está adequada, mas, de acordo com uma pessoa de confiança, está!


- Então, você é gay... Conte-me mais!
   Sim, eu sou gay! Então, vou tentar responder as perguntas que a maioria das pessoas fazem para um gay:
- Descobri que eu era gay ao ver certos vídeos... Acho que deu para entender não é? Rs
- Não, eu nunca beijei um garoto e não tive relação alguma com algum garoto.
- Sim, eu estou certo de que sou gay!


- Que público você pretende atingir?
   Falando a verdade, eu não sei. Mas acredito que queira atingir a todo e qualquer público que não possui preconceito algum em relação aos homossexuais, e se atingir um público preconceituoso, gostaria que minhas postagens façam essas pessoas mudarem um pouco sua visão sobre esse Tabu de nossa sociedade.
   Também acredito que meu Blog será "dividido" ou "direcionado" para um só público em algumas postagens. Infelizmente, isso não me soa "profissionalidade", afinal, o blog não tem um objetivo único, mas só quero me expressar para o mundo!


- Com que frequência você colocará novas postagens no Blog?
   Infelizmente, quando eu dispor de tempo para isso ou quando tiver algo de interessante para postar, mas pretendo por ao menos uma postagem a cada semana.


- Poderei entrar em contato com você?
   Infelizmente, vocês só poderão entrar em contato comigo apenas pelo e-mail responsável por esse blog: carlosrodrigues857@gmail.com
   Não darei meu facebook. Mas se você me parecer uma pessoa interessante, quem sabe eu procure adicionar você? Afinal, estou a procura de conhecer pessoas novas!
   Então, qualquer dúvida, desabafo, ou se necessitar de uma ajuda, podem mandar uma mensagem para o e-mail.



   Em fim, a postagem ficou bem simples e tentei dar uma introdução (que não gostei tanto) ao blog. Peço que sejam um pouco "compreensíveis" comigo, afinal, este é meu primeiro blog!
 Espero que gostem do blog e obrigado por visitarem o mesmo!


Abraços do CR!!


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