quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Assumindo-me para o pai

   Na postagem em que falo como foi assumir-me para minha mãe estava questionando se era realmente necessário assumir-me para a família (além de estar um pouco revoltado com as atitudes que ela estava tendo). E hoje venho apenas narrar como foi assumir-me para o meu pai.


   É interessante o fato de que quando nos resolvemos com os nossos amigos, quanto a nossa sexualidade, começa-se a ter uma “exigência”, que pode vir deles ou de você mesmo, para quando você irá assumir-se para os seus pais. Além disso, mesmo não existindo essa “exigência”, você acaba por criar planos de como e quando irá contar para eles.
   Acredito que seja assim com todos, afinal, comigo não foi diferente. Tinha planos de contar para minha mãe apenas quando estivesse namorando alguém ou tivesse dado o meu primeiro beijo, mas não foi assim, pois acabei por contar BEM antes do primeiro beijo e infinitamente antes do primeiro namoro (nem namorado eu tenho ainda!).
   Assim como tinha planos de como e quando iria contar para minha mãe também tinha planos para com o meu pai, afinal, pretendia contar para ele apenas quando estivesse em minha faculdade, ou seja, por volta dos meus 20 anos, mais ou menos, e, apesar disso, foi muito antes do que isso.


   Acredito que tenha sido por volta de Julho que ele tenha “descoberto”. Durante esse período estava utilizando o Notebook dele (não me recordo do porquê), logo, meu e-mail ficava aberto. Nisso, ele acabou lendo um dos meus e-mails trocados com o MVG, mas o único problema é que eu estava com o meu pseudônimo na troca de e-mail (CR) e isso dificultava dele saber se era realmente eu quem estava expressando-se naquela mensagem.
   No fim das contas ele acabou perguntando se o “CR” era eu, e como não teria coragem de negar minhas “existências”, acabei falando: “Sim, sou eu”. Acabou por chamar a mãe para conversar e iniciou-se uma discussão não muito legal entre a gente.


   Recordar-se desse dia não é algo que aprecio, afinal, não tive uma reação legal com eles (Sou muito estressado, logo, a discussão foi na base dos gritos e quase que violência por minha parte). E não é a primeira vez que me explodo com o pai.


   No dia seguinte decidimos conversar (Eu e meu pai) como duas pessoas decentes (ou uma né? Por que eu estava feito bixo naquele dia). Como argumentos meu pai utilizava os mais famosos: de que isso era errado, que era pecado, e eu, de alguma forma, tinha de organizar alguns de meus argumentos para demonstrar que as coisas não funcionavam assim. Depois de uma longa discussão mandei um argumento que mexeu muito com as estruturas ideológicas dele:

   “As pessoas são feitas por ideologias e vivemos em um mundo que está diverso de ideologias. Quem garante que só essa que você apresenta é a correta?”

   Depois disso decidimos parar nossa conversa e seguir nossos rumos.


   Analisando a situação daquele dia só vim perceber que o que preocupava ele não era o fato de ser errado ou pecado, ou de que era o medo de eu mudar, afinal, isso estava em segundo plano, mas sim a reação das pessoas que estão ao nosso redor. Coisas do tipo: “O que as pessoas vão comentar sobre mim e minha família? Temos um filho gay!”.
   Apesar desse tipo de pensamento me revoltar um pouco (no qual é o mesmo pensamento de minha mãe), havia me esquecido de uma das principais coisas que se deve ter para com aqueles que sabem sua sexualidade:

   “É só uma questão de tempo, adaptação e convivência. Cada um tem o seu.”


   No fim de tudo meu pai teve a mesma reação que minha mãe, mas a diferença era que ele havia expressado isso mais nitidamente do que ela. Assim como minha mãe sofreu, chorou e decidiu esquecer essa história, meu pai também sofreu, chorou e decidiu esquecer.

   Já estou passando pelas primeiras fases da aceitação dos pais. Assim como eles decidiram esquecer-se desse fato eu também decidi esquecer-se dessa responsabilidade, mas e quando minha homossexualidade começar a expressar-se mais nitidamente? Como será a nossa reação?

   Não sei...





Abraços do CR!!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Daí você percebe que é normal!

   Um texto simples e básico para narrar uma “grande” experiência em minha vida.

   Eu poderia ir narrando pouco a pouco como as coisas caminharam até esse fato ou poderia simplesmente jogar na cara de vocês o que aconteceu, mas como sou da política do “Nem 8 nem 80, mas sim 40” irei fazer um misto disso.
   Basicamente vou narrar um pequeno resumo dos últimos meses:

   Em Agosto iniciaram-se os ensaios para um grande evento de minha escola: A Semana Cultural. Uma Semana inteira que é dividida em apresentações de danças, esportes e apresentações em sala de aula. Vale lembrar que é uma competição entre equipes e eu neste ano (sendo que é meu último na SC) não pude ficar em minha equipe de origem (que era a Equipe Branca), mas acabei indo para a equipe Lilás (uma nova equipe).
   Estava tendo amizade com o coreógrafo de minha equipe da Semana Cultural, e nessa amizade acabei falando para ele que estava interessado em uma pessoa que ele "conhecia". Falando isso, ele decidiu me apresentar a essa pessoa, afinal, pelo o que ele me disse, o outro também estava curioso para ver quem era que estava interessado por ele. Nisso, o coreógrafo me chama pra sair com ele, afinal, o A (a pessoa a quem eu estava interessado) também iria.
   Acabei conhecendo o A no final do mês de Setembro (30/09/13) num restaurante da 13 de Maio. Apesar disso, na primeira vez que tivemos contato, não conversamos muito, afinal, ele estava acompanhado de um fica dele, além de eu estar meio tímido naquela situação. Apesar disso, o havia achado tão bonito que logo no dia seguinte peguei o “Whats’app” dele. Rs!
    No fim das contas acabei criando uma amizade com A.


   Quero ressaltar que não vou e nem quero dar detalhes de como foi e como está minha a relação com A, pois acho desnecessário. Continuando:


   Ressaltando que o A era coreógrafo de uma outra equipe, ou seja, toda vez que tinha oportunidade de ir cumprimentá-lo enquanto ele estava ensaiando ou preparando sua equipe para apresentação, eu ia. Como a SC dura apenas 1 semana (De pura e total emoção),infelizmente, a mesma havia acabado e eu não poderia mais vê-lo com tanta frequência, apenas marcando encontros. Nisso, ele me chamou para ir ao cine no dia 15 no Point LGBT (Shooping Benfica. Rs!).
   Atrasou-se um pouquinho, mas lá estava ele do outro lado da praça de alimentação. Dirigimos-nos para o cinema e decidimos assistir ao “Cine Holiúdy” (Que no caso não gostei ).

   Resumidamente: No escurinho do cinema lá estava eu com os dois braços envoltos dele, dando cheirinhos no pescoço, beijinhos que começavam na nuca e iam caminhando à boca, beijinhos e mais beijinhos e o que posso dizer à vocês, caros leitores, é que rolaram os meus primeiros selinhos com um homem! \o/!




Essa é pra comemorar de pé irmãos!!



              " Me abraça, me abraça! "                             " Ele beijou! "     " Oh My God!! "






   Mano... Nunca achei que fosse tão bom beijar um homem!





" I kissed a man! I kissed a man!! "


   Tudo bem, entendo que não foi um BEIJO, mas é melhor assim, não? Que as coisas rolem naturalmente.
   Só ressaltando que havia saído 13:00 hrs de casa e voltei só às 23:30 da noite. Sim ,esse encontro foi tão bom que não estava com a mínima vontade de voltar para casa. Rs!



   Depois desse acontecimento tão gostoso bom (e de uma noite de sono quase agarrando minha mãe achando que era ele) refleti um pouco sobre aquelas pessoas que veem isso como algo diferente, como algo errado, ou seja, possuem um olhar meio torto para a homossexualidade.

   O mais engraçado é que quando você é um gay bem resolvido, ou quando você é totalmente livre de limitações, você começa a achar graça dessas opiniões, pois elas ficam com nenhum sentido ou nexo, pois você vê que isso é a coisa mais natural que existe. Você percebe que é diferente de ficar com o sexo oposto. Vê que realmente é isso que você sente atração, se interessa, gosta, se apaixona, ama, etc, etc, etc.
   É errado? Por quê que é errado? Não faz o MENOR sentido ser errado! É estranho? Não, não é! Por quê isso acontece? Não sei e nem quero saber! Fiquei com um carinha em que estou interessado, que é bonito e estou bem feliz com isso, afinal, é o que importa.


   Rs, nunca vou me esquecer daquela Terça-feira 15!




   E se você, meu caro leitor, ainda está em Nárnia, por favor, saia, pois você não sabe o que está perdendo.
   Agora quero que as recalcadas lá da escola se joguem pra cima de mim, pois eu peguei alguém que 90% das garotchenhas desejam! CHU-PEM! Rs!




Abraços do CR!!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Príncipes

   Como primeiro texto de minha volta ao blog iria resumir tudo o que ocorreu comigo durante esse período de tempo em que me mantive ocupado, mas, infelizmente, a história deu uma reviravolta e ainda não acabou.
   De qualquer forma, como o título do meu blog tem como palavra “Devaneios” decidi escrever uma pequena reflexão que fiz com os fatos ocorridos comigo.





   Já faz um bom tempo que venho desejando aquele carinha especial, ou seja, o Príncipe que iria aparecer em minha vida e melhorar tudo a deixando como uma grande visão de um “Mar de Flores”, mas depois de alguns acontecimentos (e alguns tapas de realidade) decidi refletir um pouco sobre essa grande fantasia que estava querendo viver.

   Fala-se tanto em Príncipes e discute-se tanto sobre o fato de ele existir ou não. Alguns acreditam e outros não, mas apesar do que achem, sei que cada um tem o seu Príncipe idealizado, pois quem é que não deseja aquele “Happy End” ao lado da máxima idealização de alguém perfeito?
   Pensando nisso podemos nos perguntar: Qual a imagem do nosso Príncipe? É muito relativo, pois cada um tem seus gostos, ou seja, cada um tem o seu Príncipe em particular, mas acredito que posso afirmar que o Príncipe de nossos sonhos, resumidamente, é aquele lindo e maravilhoso homem que aparece em nossas vidas para realizar o tão desejado “Happy End”.

   Príncipes e “Happy End”.

   Não sei vocês, mas começo a achar que essas duas fantasias possam não existir. Numa vida cheia de altos e baixos como pode uma pessoa chegar com todas as resoluções possíveis para os nossos problemas e nos fazer eternamente felizes? Percebam: “NOS fazer eternamente felizes?”.
   Idealizar alguém que DOE sua vida para nos satisfazer aparenta-me egoísmo. Desculpe-me, mas para mim não é assim que uma relação a dois funciona. O mundo não gira ao nosso redor. 
   Não é uma pessoa que irá fazer você ter um “Happy End”, mas sim VOCÊ. Não vejo motivos alguém colocar seu destino e sua felicidade nas mãos de alguém que possa nem existir, sendo que quem faz a própia história e proporciona a própia felicidade é a própia pessoa.

   Temos uma mania chata de acreditar que o nosso “Príncipe” chegará em um galante cavalo branco, originário das terras nortenhas onde Fadas e Elfos cantam suas melodias nas profundezas abissais da Florestas Negras, e que por cima dele estará aquele Rapaz, gerado nas montanhas dos lírios cantantes, trajando suas belas roupas de carmim, bordadas com cintilantes diamantes, e que nos levará para além do Sol, Lua e estrelas.
   Tá faltando um pouco de realismo nisso não?

   Mas percebam: É uma evolução! Primeiramente acreditamos que o tão desejado Príncipe virá até nós, então basta nós esperarmos por ele. Quando vemos que ele não virá, decidimos ir à procura dele. Depois de uns tapas de realidade vemos que ele não irá vir ao nosso encontro e que nem vamos encontrar ele, daí assumimos o fato que ele não existe.
   E agora? Continuamos esperando?Devemos continuar procurando? Ou assumimos o fato de que ele realmente não existe? Mais uma vez é relativo, pois esse tipo de decisão parte de cada um. Minha opinião? Príncipes e “Happy End” EXISTEM.


- Mas você está se contrariando CR!
   Não é necessário que um Príncipe seja perfeito, pois se realmente formos levar essa característica a sério veremos que ele realmente não existiria. Então, ao invés de eu acreditar que aquele rapaz perfeito chegará até mim prefiro ter uma visão mais realista:
   Em cada cabeça de cada rapaz que há no mundo vejo diferentes coroas: Umas grandes, outras pequenas, algumas elegantes, outras nem tanto, umas brilhantes e outras ofuscadas, polidas e enferrujadas, com joias e sem joias, feitas com ouro, prata, bronze ou material vagabundo, pesadas ou leves, humildes ou não, etc, etc, etc.
   Basta ter um olhar atento e veremos que há Príncipes e mais Príncipes ao nosso redor, mas a diferença é que eles não são perfeitos como nós queríamos tanto. Cada Príncipe ao nosso redor é cheio de defeitos, ou seja, é imperfeito.
   Não adianta você esperar ou procurar aquele carinha perfeito, pois você NUNCA vai encontrá-lo! Mas se usar um pouco de realismo verá que você pode ter um “Happy End” ao lado daquele que não é 100% como você queria. E basta lembrar que você também não é 100% como ele queria. É uma troca!

   É tudo uma questão de:


"Tenha a mente nas estrelas mas mantenha os pés no chão."




   Então meus caros leitores, chego a uma pequena conclusão depois dessa reflexão:


 Idealizo tanto um Príncipe perfeito à minha imagem que me esqueço que ele não existe. Ao invés de eu colocar todos os meus anseios em alguém que não existe, prefiro pegar minha coroa de papel ofício, desenhada e pintada por canetinhas, e assumir o fato de que (apesar de todos os meus defeitos) sou EU esse Príncipe a quem tanto procuro.





   E que quando for a hora, destino ou ao acaso, me apareça ou eu encontre algum Príncipe com sua coroa cheia de defeitos e imperfeições.



Abraços do CR!!

sábado, 10 de agosto de 2013

Assumindo-me para minha Mãe

   Antes de tudo vou logo pedindo desculpas por não ter postado algo durante essa semana, e sim só agora. Estava estudando para as provas de 2º chamada e tinha que estudar. Desculpem-me.


   Faz pelo menos uns dois meses atrás que venho prometendo narrar esse fato aqui no blog, e finalmente vou falar o que basicamente ocorreu. Além de mostrar algumas conclusões minhas quanto a isso.





   Às vezes me pergunto: Por que preciso chegar para os meus familiares e falar: “Olha, eu sou gay!”? Eu não vejo os meus amigos, que são héteros, chegarem tanto para os seus pais quanto para as suas mães e dizerem que são héteros.
   Tudo bem, entendo que homossexualidade ainda é um tabu para muitos e que se torna necessário trazer essa realidade para quem convive com você, mas isso é um porre! É muito chato você ter esse trabalho de se assumir para a família.
   Será mesmo que é necessário ter de trazer essa realidade para a minha família? Poderia simplesmente apresentar meus possíveis namorados e “petê saudações”, pois não são tanto eles quanto meus amigos que vivem dizendo que devo guardar minha sexualidade apenas para mim?
   Mas não, aqui estou eu vivendo minha sexualidade abertamente (e uma prova disso é meu próprio blog, pois todos que me conhecem, conhecem esse blog) e aqui estou eu assumindo-me para a minha família (parte de mim não queria trazer essa realidade e a outra parte de mim queria, ou seja, quase que obrigatoriamente), respeitando e indo contra, na maioria das vezes, à opinião de todos.


   Querem saber a verdade? Não me assumi para minha mãe porque eu quis, ou porque ela descobriu, ou coisa do tipo, mas sim porque me senti pressionado a isso.
   Como foi? Já fazia um tempinho que algumas pessoas vinham me perguntando se eu era assumido para os meus pais e quando eu ia me assumir. Em um belo dia estava deitado na cama junto a minha mãe, e estava passando uma notícia sobre casamento igualitário, e, aproveitando a deixa, pergunto a opinião dela quanto a isso. O que ela respondeu?
   “Eu apoio, mas tenho medo de estar indo contra os ensinamentos divinos.”

   Depois de um tempinho conversando veio aquela puta pergunta: “E as meninas CR? Tá gostando de alguma?” ... Até tentei evitar isso, mas acabei falando:
   “Posso te falar uma coisa? Eu não gosto de garotas”.


- Sério que você falou isso CR?
   Sim. Ela falou que vai continuar me amando, que isso vai independer do jeito que ela olha pra mim, e que ela se importa com o meu futuro e não com quem eu vá namorar. Particularmente fiquei muito feliz ao ouvir isso, mas bastou passar um tempinho que ela começou com umas histórias: “É só uma fase”, “Você precisa ir a um psicólogo, pois isso é uma confusão na sua cabeça”, etc.
   Fiquei sabendo que no dia seguinte ela chorou bastante conversando com o meu primo (que também é gay) achando que tem culpa por eu ser assim, se perguntando o que ela fez de errado, etc, etc, etc. Além disso, uma coisa que percebi é que ela presa tanto a sua imagem quanto a do meu pai, além da minha. Ela se preocupa com o que os outros vão falar de mim, com o que os outros vão falar dela e com o que os outros vão falar do meu pai.

   Não quero ser ingrato, chato, ignorante, incompreensível, egoísta, ou coisa do tipo, entendo que cada um possui seu tempo, mas você não sabe o quanto é chato você ver que a sua mãe tem limitações para conversar normalmente com você quanto a sua sexualidade, não sabe o quanto é chato é saber que ela chega para o psicólogo dela, para a minha pediatra (ainda não sou adulto, Rs!), para um amigo(a), ou para alguém que ela conhece, usando as palavras:
   “Ele tá com uma história de viado, de ser viado.”.
   (Dá-me nojo (sim, nojo), ouvir minha mãe citando essa palavra: Viado.)
   E não sabe o quanto é chato ver que sua mãe pede pra você esconder sua sexualidade, voltar para o armário, para que as pessoas não falem mal tanto de mim quanto da minha família.

   Não sei, mas começo a duvidar se é resolução para a sua vida abrir sua sexualidade para sua família. Como disse, entendo que cada um tem seu tempo, ou seja, é tudo uma questão de convivência, adaptação e tempo.

   O que eu podia fazer já está feito.


Abraços do CR!!

terça-feira, 14 de maio de 2013

As razões para sermos homossexuais?


  Como havia dito, estou meio sem tempo para fazer as postagens para o blog, mas estou tentando ficar presente para que o blog não fique abandonado. O post de hoje é mais uma reflexão sobre essa pergunta que é feita desde os primórdios da organização mais civilizada da humanidade. 

  Só acho que é desnecessário fazer essa pergunta...

   Talvez seja essa a primeira pergunta que fazemos quando estamos no nosso processo de aceitação como homossexuais. Se não for a primeira, com certeza ela virá em algum momento da sua vida.
   Talvez, sabermos a resposta dessa pergunta, quando estamos com milhares de dúvidas em nossas cabeças, venha a ser um alívio para nós, pois a resposta torna-se um meio de facilitar a nossa aceitação.

- Tá CR, e qual a resposta para a pergunta?

   Não existe apenas uma resposta para a pergunta. Durante o passar do tempo foram feitas pesquisas e mais pesquisas para se achar a resposta, e cada pesquisa gerou uma resposta diferente:

- Acreditava-se (e ainda acredita-se) que os homossexuais são homossexuais por se afastarem da religião, se afastarem de Deus.
- Pesquisas indicam que existe um gene homossexual e um gene heterossexual, por isso que há essa diferença de gostos.

   E há a terceira resposta, que é a que eu acredito:

- Somos formados ao longo do tempo por quem convivemos.


- Explique.

   Quem desenvolveu essa hipótese foi Freud (lê-se |Fróide|). É aquela famosa história do Pai ausente e Mãe superprotetora. Freud teve a ideia de usar, brilhantemente, a mesma teoria, que usou para explicar a homossexualidade, para explicar também a heterossexualidade.
      
   O que acontece é que:
   No caso do filho homem: Dos seus 5 aos 8 anos ele começa uma “disputa” contra o seu pai pela atenção da mãe. Se o filho ganhar essa disputa ele passará a ter mais afeto com a sua mãe, passará a se identificar mais com ela. Se ele perder essa disputa, ele passará a usar seu pai como um exemplo, e tentará aprender com ele, afinal, a disputa foi ganha pelo pai e ele necessita de um exemplo para sua vida.

   Uma forma de Freud comprovar sua hipótese foi usando os filhos heterossexuais e comparando-os aos seus respectivos pais, mostrando que eles se identificam muito com os mesmos, e usando os filhos homossexuais e comparando-os às suas respectivas mães, mostrando que eles se identificavam com as mesmas.
   Dependendo da relação entre eles isso iria mudar muito na sua forma de se comportar e nos seus gostos também (Por isso que homossexuais possuem resquícios do feminino, seja na forma de se comportar ou na forma de pensar, e o vice-versa com os heterossexuais).


- O que te levou a acreditar nisso CR?

   Pelo simples fato de Freud explicar que a heterossexualidade é uma coisa igualmente formada ao longo do crescimento de uma criança, e não é porque é uma coisa natural, ou seja, Freud igualou as razões de sermos homossexuais com as razões de se ser heterossexual, e não fez como algumas outras pesquisas que diferenciaram o homossexual de um heterossexual.
   Além disso, Freud havia explicado que não há motivos para explicar a homossexualidade, e eu sou bem fiel ao fato de acreditar que somos formados pelo meio e com quem convivemos.


   Mas não é isso que quero falar para vocês! O que quero dizer é que:

   Não deve haver motivos para buscar a resposta do porquê de sermos homossexuais. Infelizmente buscamos essa resposta pois a sociedade trata a homossexualidade como algo diferente e não como algo normal como a heterossexualidade. É, no entanto, que nenhum de nós pesquisamos a razão de se ser heterossexual. Ele é porque é e não há motivos para se responder a isso.
   Homossexualidade não é algo anormal. Homossexualidade é só mais uma forma de sentir atração por outro alguém. Devemos entender que homossexuais existem e pronto, e não deve existir essa necessidade de explicar a existência da homossexualidade. E ter essa atitude de questionar a existência dos homossexuais é o mesmo que questionar a sua existência.
    Sejamos felizes apenas aceitando que somos assim e que isso faz parte de nós.

Em fim, era esse o recado que eu queria dar para vocês! Até o próximo post!

Abraços do CR!!


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Fazendo-me de difícil? Sendo exigente? Eu?


   Estava olhando o meu caderno com as minhas anotações dos futuros post’s que irei fazer, e me deparei com esse assunto (que já é bem antigo), então, para tirar essa pedrinha que está há tempos na sola de meu sapato decidi escrever sobre o tal tema.

   De uns tempos para cá já tive algumas “propostas” para um fica, para uma curtição. Se eu for parar para contar, foram três: Uma com o D e outras duas com dois carinhas que eu conheci por um dia (BD e o BM), e em todas eu recusei.

- Por quais motivos você recusou CR?
   Não é apenas uma questão de aparência (só um pouco), seria mais uma questão de atração, de identificação.

   - Sobre o BD
   Digamos que ele não era tão atraente, e, além disso, no primeiro encontro, não tive muito assunto com ele, não me identifiquei com ele e nem senti uma atração por ele.
   O nosso encontro foi há uns dois meses atrás e foi em uma barraca de praia gay daqui de Fortaleza (O Joca). Eu havia pedido para ele me apresentar um ambiente gay (já que nunca tinha ido). Particularmente nunca fui chegado a uma praia, ou a um ambiente praiano. Sai de lá todo seboso pelos ventos praianos e isso me incomodou muito, e este fato foi um dos motivos que não me fizeram gostar do encontro.
   Além disso, ele namorava! Sim! Ele namorava! E sendo bem sincero: Se eu não quero levar um par de chifres no meu relacionamento, não vou fazer-me de motivo para dar um par de chifres nos outros!
   E de qualquer forma ele deixou claro que só queria uma curtição, e eu havia deixado claro que só queria conhecer um ambiente gay e que só queria alguma amizade gay que eu me identificasse.


Resultado: Nunca mais falei com ele.

- Sobre o BM
   Esse foi uma coisa mais simples: Encontrei-me com ele duas vezes no ônibus. Eu não havia me interessado nele, mas ele interessou-se em mim. Eu com meu pensamento “Preciso de um amigo gay” decidi conversar com ele.
   A conversa foi aquela bem básica e no fim pedi o facebook dele. No dia seguinte tenho uma mensagem pendente dele dizendo: “Teria alguma chance de eu ficar contigo?”... Não.
   Ou seja, mais um carinha que queria só curtição. Além disso, ele não era tão atraente (era até bonitinho), mas não me identifiquei com ele e nem senti atração por ele.

- Sobre o D
   Esse todos vocês já sabem: Meu pseudo-namorado que tentou me beijar, mas eu virei o rosto no fim.
   Ele não era tão atraente, mas eu havia sentido uma atração por ele (e quando a gente sente atração, a gente nem liga para aparência) e havia me identificado um pouco.

- Poxa CR! Se você se identificou, se você sentiu atração, porque não foi?!
   Sei lá! Acho que na hora eu pensei: “Não cara... Ele não!”. Talvez fosse puro nervosismo e, além disso, a minha paixão por ele foi muito passageira, e já estava acabando.


   E diante destes fatos, recebi alguns comentários:
- Você é muito exigente! Você se faz muito de difícil!

   Não é uma questão de fazer-me de difícil, ou ser muito exigente, mas é porque eu quero que meu primeiro beijo com outra cara seja algo especial. Não quero que seja apenas um fica, quero que seja com alguém que eu goste, com alguém que eu me sinta seguro a fazer isso.
   Pode ser um simples beijo, mas quero que seja especial. Não quero que seja aquela coisa forçada que foi quando beijei minha primeira garota. Além disso, não tenho ansiedade em dar meu primeiro beijo logo!

   Mas se aparecer uma oportunidade que seja de meu interesse eu agarrarei! A não ser que ela desapareça sem eu nem conseguir dar um “Oi”.

- Explique essa história direito.
   Foi um fato que ocorreu comigo que até hoje não aceitei:
   Me deparo com um carinha atraente e percebo que ele começa a trocar olhares comigo. Olhei para o estilo dele, para o jeito dele, e por algum motivo eu me senti atraído por ele. Eu me identifiquei com ele só por olhá-lo, então eu pensei "Vou falar com ele!".
   Estávamos na fila do McDonald's e eu estava esperando uma oportunidade para falar com ele. Bom... Ele sai da fila e nunca mais vejo ele!

#Chateado #Boladão

   Mas voltando ao assunto:

   Cara... Sou apenas um adolescente na procura de seu primeiro beijo, de sua primeira experiência, de sua primeira paixão.
   Que fique esse meu devaneio para quem se interessar em lê-lo.



Abraços do CR!
Para quem leu esse meu devaneio chato!


terça-feira, 23 de abril de 2013

Ser gay nos faz menos homens!?


   Decidi fazer esse post mais com um objetivo de “conscientização” para os meus caros amigos sobre certas atitudes e, quem sabe, “conscientizar” alguns leitores também. Em fim:

   Não sei se eu contei aqui para vocês, mas eu sou feminista! Às vezes eu tenho certo receio de dizer isso, pois não tenho certeza, mas saibam que eu apoio muito a ideologia do feminismo. E quero deixar claro que o feminismo não envolve apenas as mulheres, mas sim também aos homens.

- Como assim CR?
   Como principal ideologia o feminismo tem a: “Igualdade entre gêneros”, mas eu percebo que o feminismo luta mais contra o machismo, por isso que os homens também estão envolvidos, afinal, a ideologia machista também atinge aos homens.
   E como detalhe a mais: Odeio atitudes machistas!

   Mas parando aqui de explicar o feminismo (deixo isso para outro post) e focando no que eu quero falar:
   De vez em quando eu me deparo com aquelas “brincadeiras de héteros” lá na sala. Brincadeiras do tipo:
- “Tu é gay mano!”
- “Ei gay!”
- “Cara gay!”
- “Que Deus lhe dê muitas mulheres na sua vida, pois nem todos tem essa sorte”.
Essas brincadeiras são voltadas de um amigo A para um amigo B. Quando as brincadeiras são redirecionadas para mim:
- “Olha aqui Carlos!”. Daí ele mostra uma foto de uma mulher só de biquíni ou de um homem só de sunga.
- “Se tu experimentar a outra fruta tu vai gostar.”
- “Tu se masturba com o dedo lá?”. Ou seja, uma forma "inocente" de se perguntar: “Ativo ou Passivo?”, ou melhor, “Faz papel de homem ou de mulher na relação?”
- Etc...

   Talvez sejam brincadeiras bem bestas, eu ignoro um pouco esses tipos de brincadeiras, mas chega um momento em que não dá mais!
   Chamar o outro de gay, para eles, é o mesmo que degredar a imagem masculina do homem, dizer que a homossexualidade é um azar para aqueles que a possuem, que homossexualidade é algo ruim, que somos gays porque queremos, e ainda tentar definir papéis entre uma relação de dois HOMENS.

   Poxa pessoal, sejam sinceros, o fato sermos gays nos tornam menos homens? Pois, sendo bem sincero, vocês possuem uma atitude muito machista para acreditar nisso, e não vejo nenhuma maturidade ter essa concepção.

   Então entendam que:
- Ser gay não nos faz menos homens, afinal, o que nos faz ser homens são as nossas atitudes, não quantas mulheres você já pegou, ou quantas lutas você já participou, etc.
- Assim como um hétero possui orgulho de ser hétero, aprendemos a ter orgulho de sermos homossexuais, ou seja, homossexualidade, para nós, não é azar e nem algo ruim, pelo contrário, é a melhor coisa do mundo e, particularmente, me considero muito sortudo, afinal, não sou eu que tem essa necessidade de se autoafirmar que é “homem” para todos os seus amigos.
- Assim como vocês NÃO escolheram ser héteros (se você escolheu está na hora de buscar seus reais prazeres), nós NÃO escolhemos sermos homossexuais.
- E, por fim, só repito uma frase que eu li: “Perguntar qual é o que faz o papel de homem numa relação de homossexuais é o mesmo que perguntar qual dos hashis é o garfo”. (Deixo para discutir sobre esse assunto em outro post)

   Então porque essa insistência em tratar a homossexualidade como se fosse algo que faz nós HOMENS sermos menos homens? Será que vocês nunca pararam para pensar se esse tipo de brincadeira realmente é algo que faz bem a TODOS?
   Realmente alguns podem me chamar de fresco e chato, mas eu sou do tipo de gay que aceita muitas brincadeiras, desde que elas não invadam o meu espaço ou façam sentir-me incomodado. Como havia dito, odeio atitudes machistas, e brincadeiras desse tipo são extremamente machistas.
   Acredito que todos devam respeitar o espaço e a liberdade de cada um. Se todos pensassem assim com certeza não haveria problema algum entre eu, você, ele(s) e ela(s).

   Ser gay não nos faz mais homens do que vocês, e não nos faz menos homens, são as nossas atitudes que elevam a nossa “moral” social, o nosso "estar", ou a nossa "imagem" social, e são as suas atitudes que dizem quem você é.  Acho que já está na hora de largar essas imaturidades do pensamento machista não é?

Abraços do CR!!


quinta-feira, 18 de abril de 2013

E quando os outros começam a namorar

   Estou vivendo um momento bem interessante na vida de qualquer homo: Quando os seus amigos héteros começam a namorar. Então, decidi fazer uma pequena postagem sobre o assunto.

   É interessante essa fase da vida porque você percebe que seus amigos, e você também, estão crescendo, estão deixando de ser apenas adolescentes para se tornarem adultos, e você percebe isso não só pela aparência, mas também pelo namoro, que é quando surgem as necessidades instintivas do ser humano, além das necessidades sentimentais.
   Você começa a ver seus amigos, héteros, sentindo aquela vontade de estar ao lado de alguém, querendo mostrar suas namoradas para o seus Pais e amigos, ou, até mesmo, usando esse termo para provar para todos: Olha, eu sou hétero e tenho uma namorada!
   É mais ou menos nessa hora que você começa a perceber que tipo de hétero aquele seu amigo vai ser: O Pula-galho ou o que quer apenas curtir, e o que é mais sentimental ou acredita no romantismo, amor ou coisa do tipo. Além disso, você começa a perceber quem é realmente maduro para enfrentar um namoro.

   Mas e eu, representando alguma parte dos homossexuais na mesma fase que estou? Como eu fico em toda essa história?
   O “problema” de ser um gay assumido na fase da adolescência é porque, algumas vezes, você não encontra outro gay adolescente! E isso ocorre porque muitos ainda são enrustidos, encubados, ou ainda estão dentro do armário. Você acaba tendo uma adolescência sem ter aquele amor adolescente que a maioria tem, que, no caso, seria o meu “sonho” ter!.
   O que ocorre é que: Você se apaixona por um amigo hétero, e essa paixão nunca poderá se materializar.

    Isso é um fato! Qual gay nunca se apaixonou pelo seu amigo hétero na sua adolescência? Que levante a mão um herói que nunca teve que passar por isso, e todos esses fatos (seus amigos namorando e paixão platônica) acabam gerando um clima de carência, que é o que estou sentindo neste momento.


- Mas CR, não existem exceções?
   Claro que existem! O “problema” é que mesmo gays adolescentes tendo a sua paixão adolescente, na maioria das vezes, não assumem esta.
   Eu até entendo que não somos obrigados a expor a nossa relação pra todos, mas não assumir sua sexualidade e seus relacionamentos para os pais, ao meu ver, se torna algo diferente. Você está namorando, então eu acho que seus pais devem receber esse agrado de você.
   
   Obs: É no entanto que eu estou esperando encontrar alguma Alma Gêmea para poder assumir a minha sexualidade para os meus pais. Não vou discutir muito isso agora, seria um tema para outro post.

   Mas o que eu quero deixar claro é que: Não se sinta chateado, ou triste (Eu!) porque você ainda não está namorando na mesma época em que todos seus amigos começam a namorar. Cada um possui o seu tempo, e isso é uma coisa que ocorre naturalmente (talvez eu discuta mais sobre isso em um futuro post).

   Talvez eu faça parte daqueles adolescentes que só conseguem encontrar sua Alma Gêmea depois de um tempo/daqueles adolescentes que só começam a namorar quando estão adultos.
   Mas depois de um tempo analisando a situação já não me preocupo tanto em estar em desespero para achar um namorado/estando na louca vontade de dizer: “Eu sou gay e tenho um namorado!”, mas continuo na minha ínfima procura pelo meu “príncipe”!


Apenas queria uma paixão adolescente gay!




Abraços do CR!!



domingo, 14 de abril de 2013

Autoafirmação?

   Esse post é quase que uma reflexão do meu dia, mas acabo não tornando-o assim, pois acredito que o tema que será discutido aqui acabará por englobar a todos nós.


   Possuo alguns momentos bem interessantes e engraçados no meu dia a dia, e dou ontem como exemplo:
   - Estava eu tirando minha roupa para ir tomar um banho, e como a maioria dos banheiros tem um pequeno espelho acabei por dar uma pequena olhada, de relance, e, por fim, entrei nos meus momentos filosóficos da vida.
   Naquele momento, depois de um tempo filosofando, cheguei à conclusão meio "estranha": “Hoje eu não quero ser gay!”.


- Como assim CR?
   Estava percebendo que passava a maior parte de meu dia com a bandeira de minha homossexualidade levantada, mas não porque tenho trejeitos ou coisa do tipo, mas a todo o momento eu fazia questão de me lembrar: “Eu sou gay!”.
   Fosse uma brincadeira que me fizessem lembrar, uma simples conversa ou simplesmente ao acaso mesmo, mas a todo e qualquer ato que ocorresse no meu dia, sejam atos meus ou de meus amigos,acabava por “lembrar” ou “levantar” a minha bandeira.
   Por isso que quando olhei fixamente para o espelho disse a mim mesmo: “Hoje eu não serei gay!”.


   O que quero discutir é:

   - Por que levantamos a nossa bandeira a todo e qualquer instante?

E você, já cansou-se de levantar sua bandeira?

   Alguns dizem que talvez seja puro fato da jovialidade gay e com o passar do tempo essa necessidade passa, já outros afirmam que é pura vontade de se expressar ao mundo, e já outros afirmam que isto é uma opção, ou seja, você faz porque gosta de fazer.
   Meu conceito se torna diferente dos ditos acima: Acredito que façamos isso por pura questão de convencimento! Sim, Convencimento!
   Acredito que no fim das contas sentimos necessidade de nos autoafirmar, sentimos necessidade, talvez, de mostrar que somos “diferentes”, apesar de não sermos, ou que talvez isso seja pura “Coisa de Homem” mesmo, afinal, não somos os únicos que fazem isso:

- Qual o assunto mais discutido entre os héteros?  
   Futebol, carro e mulheres.
  
   Vejam que não somos os únicos que levantam a bandeira todo o dia, não somos os únicos que sentimos a necessidade de uma autoafirmação. Talvez essa “Coisa de Homem” seja, na verdade, o fato de dizer-nos:

“Olha, eu sou isso, isso, e isso! Não se esqueça!” 

    O problema é que essa necessidade de autoafirmação traz prejuízos, pois levamos conosco toda a “responsabilidade” e todos os “problemas” durante o nosso dia: Preocupamos-nos com o que podemos fazer e o que não podemos fazer, preocupamos-nos sobre o que os outros vão achar sobre nós, ficamos incomodados com qualquer palavra que seja dirigida a nós, mesmo que seja só por brincadeira, julgamos e apreciamos qualquer boy na rua, e se tiver algum(a) amigo(a) aí por perto, falamos do Boff, etc. Em fim, cada um tem seu jeito de ser gay no seu dia, mas, no fim, colocamos toda a responsabilidade e todo o problema de ser gay nas nossas costas, e isso cansa!


   - Se isso, depois de um tempo, torna-se “cansativo”, será mesmo que devemos estar com a nossa bandeira levantada a toda hora?

   Acredito que não! Pois além de sermos homossexuais, e isso faz parte de nossas vidas/uma intimidade nossa, somos, digamos, “nós” mesmos! Somos mais que homossexuais!
   E isso vale pra qualquer gosto: Seja bi, seja homo e seja hétero!

   Então não acredito que devamos ficar com a bandeira levantada a todo e qualquer instante, mas que dosemos isso de forma certa, afinal, se você sente tanta necessidade de autoafirmação é porque talvez você ainda não se conheça.

   Deixo claro que não estou querendo dizer: “Pare de ser gay!”, pois eu estaria dizendo “Pare de ser você!”. Como havia dito, nossa homossexualidade faz parte de nós.
   O que quero dizer é que: Não há necessidade de você se autoafirmar gay, seja para você e seja para os outros. Seja gay do seu jeito, afinal, ninguém é igual, mas “equilibre” os seus assuntos voltados a sua homossexualidade, até porque este não é o único assunto que existe, não é mesmo?

   Então você que passa o seu dia sendo AloK4, ou lembrando que é gay (Eu!), ou fazendo “coisa de gay”, ou que passa o seu dia falando de mulher, futebol e carro, dê uma dosagem! Afinal, cansa tanto para você, quanto para os outros.




Bom... Hoje eu não vou ser gay
E você?






E você, Caro leitor, o que acha?


Abraços do CR!!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Devaneios de um Jovem gay


   Estava eu, aqui, pensando em que título e em como iniciaria o blog com essa primeira postagem, e cheguei à conclusão de que não sei como o fazer.
   Decidi por deixar o título da postagem com o mesmo título do meu novo blog: “Devaneios de um jovem gay”, aparenta-me mais “profissionalidade”. E cá estou tentando iniciar a postagem com esses comentários simples.
   Então, decidindo agora mesmo, irei começar com o:


- Quem sou eu?
   Um jovem de 16 anos, que completará seus 17 em setembro, que está procurando uma forma de expressar suas ideias, valores, e seus acontecimentos do dia a dia em um blog (a forma mais “clichê” de se fazer isso). Apresento-me aqui para vocês como Carlos Rodrigues, um nome quase que fictício, sendo que a única diferença, em comparação ao meu nome verdadeiro, está no primeiro nome.

   “Esqueci-me” de dizer: Sou gay, ou por pura “frescurice”, sou homossexual ( um termo mais bonito de se dizer)!


- Objetivo do blog?
   Já deixei claro na resposta acima: Só estou tentando me expressar ao mundo, colocando minhas ideias e valores em um blog.
   Se eu conseguir (se é que conseguirei) alcançar algum público, tentarei tirar dúvidas de alguns incertos sobre suas escolhas, tentarei tirar dúvidas dos curiosos e tentarei ajudar aos leitores que necessitam de ajuda!
Repito: Tentarei!

   Talvez algumas vezes venha a existir postagens "críticas" sobre fatos que ocorrem socialmente. Além disso, acredito que vocês verão mais reflexões sobre meu dia a dia aqui no Blog. Por isso o título: Devaneios. E, sendo bem sincero, nem sei se o uso da palavra Devaneios está adequada, mas, de acordo com uma pessoa de confiança, está!


- Então, você é gay... Conte-me mais!
   Sim, eu sou gay! Então, vou tentar responder as perguntas que a maioria das pessoas fazem para um gay:
- Descobri que eu era gay ao ver certos vídeos... Acho que deu para entender não é? Rs
- Não, eu nunca beijei um garoto e não tive relação alguma com algum garoto.
- Sim, eu estou certo de que sou gay!


- Que público você pretende atingir?
   Falando a verdade, eu não sei. Mas acredito que queira atingir a todo e qualquer público que não possui preconceito algum em relação aos homossexuais, e se atingir um público preconceituoso, gostaria que minhas postagens façam essas pessoas mudarem um pouco sua visão sobre esse Tabu de nossa sociedade.
   Também acredito que meu Blog será "dividido" ou "direcionado" para um só público em algumas postagens. Infelizmente, isso não me soa "profissionalidade", afinal, o blog não tem um objetivo único, mas só quero me expressar para o mundo!


- Com que frequência você colocará novas postagens no Blog?
   Infelizmente, quando eu dispor de tempo para isso ou quando tiver algo de interessante para postar, mas pretendo por ao menos uma postagem a cada semana.


- Poderei entrar em contato com você?
   Infelizmente, vocês só poderão entrar em contato comigo apenas pelo e-mail responsável por esse blog: carlosrodrigues857@gmail.com
   Não darei meu facebook. Mas se você me parecer uma pessoa interessante, quem sabe eu procure adicionar você? Afinal, estou a procura de conhecer pessoas novas!
   Então, qualquer dúvida, desabafo, ou se necessitar de uma ajuda, podem mandar uma mensagem para o e-mail.



   Em fim, a postagem ficou bem simples e tentei dar uma introdução (que não gostei tanto) ao blog. Peço que sejam um pouco "compreensíveis" comigo, afinal, este é meu primeiro blog!
 Espero que gostem do blog e obrigado por visitarem o mesmo!


Abraços do CR!!


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